A andar...

Como actor consigo encarnar qualquer personagem. Consigo passar sentimentos. Fingir sensações. Como Artur, tenho um grande problema: sou completamente transparente. Não consigo fingir. Quando estou alegre, estou alegre. Quando estou triste, estou triste. Quando estou com a neura, estou com a neura. Nada a fazer... Obrigado a quem me tem mandado mensagens. Não se preocupem. A vossa amizade é fantástica e muito importante.
Estive com a Rita à tarde. Já consegue andar sozinha, se bem que convém não a largar muito. Os dedos estão cada vez melhores. O problema é mesmo o braço. Ela sente que o braço não está a evoluir ao mesmo ritmo do resto. Penso que isso a frustra um pouco. Mas ela já sabia que ia ser assim. Está consciente dos avanços e recuos a que está sujeita e isso não abala a sua força.
Parece que já conseguiu baixar as calças do pijama sozinha. E depois vestiu-as. Boa! Acho que ia dar um passeio à tarde. Não sei como correu. Quando souber, conto.
De resto, parece-me que o dia-a-dia está mais ou menos na mesma. Ao lanche comeu crepes com chocolate e chantilly. E parece que continua com muito apetite.
Parece também que, por lá, continuam os festivais. Os mesmos que o médico disse que não podiam acontecer. Suponho que não há problema se a quiserem ir visitar. Digam-me que eu dou-vos a morada.
Parece que o único a preocupar-se sou eu. Tenho de deixar de ser parvo. Provavelmente, eu é que estou errado e super-protector.
Fiquem bem!