sexta-feira, 7 de maio de 2010

Viagem à senhora da asneira...

Afinal a montanha pariu um rato...
Lá fomos ao centro de referência que é Alcoitão. A Rita entrou para a consulta com a mãe. Passado um bocado vieram chamar-me. "Então o que vêm cá fazer?", perguntou a médica. Eu referi que a Rita era bailarina e professora de dança e que o objectivo era ela recuperar para poder dançar e trabalhar. "Mas ela está muito bem! Não vem fazer nada para aqui. Nós ensinamos pessoas a andar, a tomar banho, a comer...".
Como a Rita já consegue fazer isto tudo, não a querem lá.
Então e o resto? "Bom, o melhor é continuar o que está a fazer..."
Por um lado, fico contente. A Rita está melhor do que se esperaria.
Por outro, fico apreensivo. Portugal revela a sua pequenês. Não há especialistas que a ajudem a voltar ao normal. Vai ter de ser com o tempo e, provavelmente, muito devagar.
Volto a pensar em Cuba...
Já agora, assisti lá a um episódio, no mínimo, caricato. Algum técnico ou médico, não sei, deixou uma doente sozinha durante 40! minutos. À espera. A família, penso que o filho, estava indignado. Exigiu o livro de reclamações. Vieram pôr paninhos quentes.Vim embora e não sei como ficou mas percebi que o senhor já não reclamava.
Ficou marcada uma consulta para a Rita para daqui a 2 meses. Não sei para quê. Mas gostava muito de poder levar a Rita a Cuba e depois aparecer lá e dizer à senhora que foi preciso sair do país para ser tratada porque no país dela não a aceitaram. Porque nem sequer estão preparados para o passo seguinte de uma reabilitação. Fantástico...
"Estado civil?", perguntaram por duas vezes. Solteira, respondi...

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